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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ebook - Ensaio sobre a Graça

Um conceito esquecido chamado Graça


Nada mais carece tanto ser entendida no nosso meio do que a Graça de Deus.

Você já se viu ansioso, neurótico, pois não tinha certeza de estar salvo o suficiente? perto de Deus o suficiente? 

Já se sentiu impróprio para estar na igreja após ter tropeçado e pecado? Sequer conseguiu exercer seus ministérios porque se sentiu miserável, sujo, um verme pecador e que não merecia trabalhar na Obra de Deus ?

Já ficou se policiando o tempo todo em cada respirada, tentando cobrir todas as suas possíveis faltas? Já achou que conseguiu mas se viu frio dentro da sua vida com Deus?

"Jesus morreu por nossos pecados na cruz. E o que isso implica na minha vida com Deus?" - você já se fez essa pergunta? 

Se você pensou SIM, o Ebook abaixo - gratuito - pode fazer a diferença no seu coração.

Sentimos que alguma coisa tem que nos dizer ou nos mostrar que iremos para o Céu. Alguma coisa deve ser feita pois não sabemos se somos mesmo salvos, pois sentimos uma angústia em nós, um medo de estar errando...de descobrir no fim da vida que você não foi bom o suficiente...não conseguiu correr a corrida...





Com tantas coisas esquisitas pregadas pelas igrejas da TV, em livros e tantas "receitas espirituais infalíveis", a cada nova pregação que ouvimos ou lemos nos sentimos em falta com alguma coisa, ou nos vemos em busca de um "novo segredo espiritual" capaz de satisfazer nossas angústias e desejos.

Será que esse "mundo gospel" é realmente necessário? está tudo correto? se não estiver dentro dele, será que eu estarei condenado ao inferno? 

Comprar kit de unção é bíblico? fazer votos e jejuns a Deus em busca de bençãos, é lícito?

Como cantar "Eu sou livre" e sentir-se tão restrito por dentro e fora?

Estes e outros assuntos relacionados estão nesse livreto.



segunda-feira, 14 de abril de 2014

Noé (2014): uma opinião de quem gosta de filme!

Noé: comentário de quem gosta de filme



Não é brincadeira a quantidade de críticas que existem circulando na web sobre Russel Crowe no novo filme Noé.
Eu gostaria de escrever o que achei do filme do ponto de vista de quem gosta de filme.

Desde os fundamentalistas religiosos até os fundamentalistas "anti-biblia: Todos tem algo a acrescentar, evidenciar e julgar.

O blog Drops de Fé é pra coisas da fé, mas a fé muitas vezes deve ser prática e ultrapassar a religião, não ignorando que estamos no mundo, mas amando e retendo o que é bom!

Mais pro final eu dou uma comentada mais “crente”, por hora falemos de cinema!!

O filme é um épico blockbuster perfeito. Excelente como épico.

Paisagens e Cores



A cenografia é muito boa, marcante. Sejam pastos verdejantes ou colinas desoladas, a paisagem é recheada de elementos intensos e que transmitem a sensação que o lugar deveria passar a quem lá estivesse.

A iluminação do filme é muito bem feita, sendo sombria quando tem que ser, quente e acolhedora quando o momento é de intimidade e ternura, e claro e majestoso quando os eventos precisam. Não é daqueles filmes que ficam escuros e cinzentos o tempo todo.

Assista em 3D digital se puder, vale muito a pena!


Ritmo

O ritmo do filme é intenso, e nos poucos momentos de calmaria, o diretor coloca certas revelações ou interações entre os personagens, a fim de comprimir a mola do enredo para mais uma sequência intensa.

Aliás, os momentos de ação, de drama e tragédia são o que são e foram muito bem interpretados. Russel Crowe foi capaz de ser o bondoso devoto, e também o radical cruel, de maneira convincente. Noé neste filme não deixa de ser humano, ter dúvidas, raiva, sangrar e suar. Tem um ar revival de gladiador no Noé de Crowe, mas que foi bem dosado.

Emma Watson foi bem mais marcante do que sua costumaz Hermione de outrora, batendo um bolão de drama em seus momentos com Noé. Mas ainda acho que falta ela ter mais abertura e movimento nos olhos. Eles continuam com pouca expressividade.

Anthony Hopkins está como sempre, um ator de primeira - e cada vez mais - rara grandeza, fazendo um Matusalém digno de se ver.



Do ponto de vista de humanidade, o que se diz por aí é verdade - o filme deixa Noé e outros personagens citados, muito mais humanos e "feitos de carne e osso", sendo capazes o tempo todo de fazer tanto o bem quanto o mal (que teoricamente está justificando o dilúvio).


Detalhes valiosos esquecidos...

Apesar de tanta coisa boa no filme, o figurino das pessoas no filme está com ares de Mad Max, pessoas usando calças e camisas de manga, ambos feitos de couro, pele de ovelha e outros tecidos rústicos...bem distante do que se poderia esperar a mais de 6000 anos atrás.
Veja na foto que até touca as blusas tinham. Até pra um filme de Robin Hood estaria "morderninho".
 


Idem para facas de aço e utensílios semelhantes, que só apareceriam muito tempo depois quando o homem iniciou a forja de metais. 

Aliás, diga-se de passagem: para quem defende tanto o vegetarianismo implicitamente, os personagens usarem materiais de couro é meio contraditório (risos).

Veja que a bíblia narra que Zípora esposa de Moisés usou uma pedra afiada para circuncidar o filho Gerson a caminho do Egito. Facas de sílex, de pedras lascadas e coisas semelhantes eram mais plausíveis.

Outra coisa - o pessoal usa sapatos!! botas de couro estilizadas, parecidas com a Idade Média! Tenho muitas dúvidas se isso seria possível.

Roteiro

Agora vamos à história, ao enredo, o roteiro do filme.

O enredo é bem linear e entrelaçado, sem aqueles momentos do tipo "de onde raios sai essa coisa?" ou "como assim a história chegou nesse ponto?". Palmas pra produção do filme.

O roteirista explora bem os ícones ou marcos da narrativa bíblica, preenchendo as partes entre eles – não contados nas escrituras – de maneira inteligente.

Qualquer adaptação ou história escrita no século 21 – como esse novo Noé – vai carregar as preocupações e morais do século 21.

Em Noé (2014), a temática central é o castigo de Deus sobre a humanidade que “estragou” a Criação linda e perfeita. Que Deus está erradicando uma praga, pois não sabemos usar da Terra o que ela oferece na medida do necessário somente. 

O Greenpeace (que eu admiro) ficaria muito satisfeito. É feito uma defesa dos animais, e também certo preconceito do hábito carnívoro do homem, tratando como algo supersticioso e desnecessário. É citado que o homem deveria cuidar de cada par de bichos pois eram preciosos para a Criação e únicos, que não poderíamos descuidar e deixar que uma espécie sumisse da face da Terra!

Um comentário “mais cristão” (parêntesis propositais)

Como cristão, posso tecer comentários sobre a história contada.

Se você espera um retrato da narrativa bíblica, esqueça. É baseado nela, mas virou uma história a parte. Muito boa e empolgante. Mas a parte. Se você quer a história original, leia em Gênesis. O filme em questão é pra curtir, não pra doutrinar! Se você espera uma aula de Escola Dominical feita por Hollywood, continue esperando (risos)...

Lembre-se que é um filme de Hollywood, e precisa dar lucro. Precisa ter elementos típicos de filmes épicos, arquétipos como o herói, a escolha do herói entre o caminho do bem e das sombras, o mito do vilão arrependido que alcança paz e se redime, etc, etc.

O roteirista claramente teve contato com o livro apócrifo e pseudoepígrafe de Enoque (citado na epistola de Judas no NT), especialmente no tocante aos anjos Sentinelas que caíram expulsos do Céu, algo citado também na Bíblia atualmente aceita, nos livros de Genesis (cap 6) e Judas.
A lógica da queda desses anjos (Gen 6, e Apócrifo de Enoque) foi invertida, e eles passaram a ser “os injustiçados” por terem tido compaixão do ser humano expulso do Paraíso. O fato de eles terem tido filhos mestiços com as humanas nem foi citado!

Foram incorporados ao enredo personagens diferentes ou fora de contexto, como Tubalcaim que era construtor e não um general. Ila, a filha adotiva de Noé (pra dar um drama), que é esposa de Sem.

Falando em personagens alterados, o filme trata o Matusalém, avô de Noé, como um velho curandeiro, cheio de mandingas e mágicas para curar e alterar as coisas...como um velho pajé ou druida...

Uma coisa bem retratada – e caricaturada no Tubalcaim da história – é a violência e brutalidade da humanidade daquela época, animalizada. Muito bem retratado a grosseria, o quão “broncos” eram aqueles que viviam. Muitas vezes lemos textos da Bíblia no Antigo Testamento e esquecemos que o homem daquela época matava e mutilava os inimigos, e ia dormir super tranquilo. Diferente do homem de hoje, todo polido, com etiqueta e opiniões do que é certo e errado, politizado...

Enfim meu querido e minha querida, se você espera um filme que te faça aprender essa história da Bíblia, espere os irmãos Kendrick filmarem Noé, e fazer sucesso como em Desafiando Gigantes e A Virada. No mais, não procure pelo em ovo, lembre-se que o filme é hollywoodiano e tem que bombar nas telonas.