Páginas

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O dia que Deus se sentiu livre

O Dia que Deus se sentiu livre

(inspirado em textos de Philip Yancey)

Ok, o titulo é meio "inflamável" teologicamente, eu sei. Mas não pude deixar de compartilhar meu ponto de vista (afinal, este é o meu blog, oferecido ao Senhor para quem Ele quiser que leia e se sinta edificado).

O sentido do Natal em muito tem pertubado as pessoas (isso mesmo, pertubado!) com presentes, festas, compromissos. Correrias, bebedeiras, "shows" de parentes...Algumas famílias tem a benção de ter um Natal tranquilo, alegre...e melhor ainda, com Deus.

A essência do Natal para nossa civilização atual em muito perdeu o que deveria ser - uma celebração do nascimento de Jesus, o Emanuel (que significa "Deus conosco").
Mas acaba sendo um amontoado de promoções, "formigueiros humanos" e comida e bebidas sem freios.

Mas vamos melhorar a idéia do Emanuel, outro nome de Jesus. Significa "Deus conosco". Ou ainda, por "conosco", podemos expandir para "no meio de nós".

Desde o começo da Historia, Deus tem buscado no Homem um relacionamento profundo. De amigo, de Pai, de confidente, de Senhor...muito além de Criador-Criatura.

No Éden, Deus vinha todo fim de tarde passear no meio de tudo o que Ele havia criado, e vinha bater um papo gostoso com os seus grandes amigos e objeto do seu amor e carinho: Adão e Eva.

Depois que nossos antepassados desobedeceram a Deus e foram expulsos do Éden, esse bate-papo gostoso acabou - ou melhor, ficou muito distante e nublado, pois Deus é Santo, Puro, Reto, Justo. E nós ganhamos em nosso interior uma parte má, que nos estimula a ir contra o que Ele quer pra nós, a ir contra a vontade Dele - ou seja, pecar. Esse mal, essa vontade de rebelar-se, de maldade, isso afasta Deus.

E durante todo o Antigo Testamento, Deus tenta se reaproximar novamente, ensinando como os homens deviam se comportar para estarem novamente "de bem" com Ele, puros, integros. Do jeito que era antes !
E assim retomar aquela amizade bonita e íntima que Ele tanto quis. Pra isso foram usados Profetas, Leis (os Dez Mandamentos são um exemplo) e para alguns muito obedientes, diretamente.

Mas não deu tão certo quanto poderia. A imensa maioria ainda era desobediente, ou então muito volúvel, inconstante, um dia agradecendo a Deus, no outro, procurando todo tipo de porcaria (moral ou espiritual). E o sonhado reencontro de Deus com sua criação mais amada, o Homem, nunca se dava completamente!

Era uma verdadeira "novela Mexicana"...quando parecia que ia resolver...os Homens magoavam Deus de novo!

E pra ajudar, toda vez que um dos "heróis da fé", extremamente "em dia com Deus", tinham contato com Deus - ou toda vez que Deus tentava se mostrar um pouco mais ao seu povo - as consequencias eram desastrosas! Tremores, ventanias, trovões e outros eventos terríveis cobriam a multidão apavorada.

E eu imagino Deus pensando "poxa amados, eu só queria chegar mais perto de voces de novo!".

Foi aí que veio a melhor noticia e estratégia de todas ! Algo inédito na História ! 

Deus estava com o coração tão desesperado de amor por nós, tão aflito em nos ver perdidos, levando vidas falidas e colhendo frutos amargos da nossa vida torta e viciada, num afã tão grande de nos sentir perto novamente... que Ele mesmo virou um de nós !

Sim, do mais alto Céu e da Gloria máxima, do Poder e Sabedoria supremos, das regioes celestes e palacios inimagináveis...descia Deus todo feliz e empolgado para nos ver de perto!

Adivinha quem foi ? Jesus ! Jesus foi Deus na forma humana. Sentindo cansaço, fome, raiva, calor, sono...com suor, com sangue, lágrimas...Mas não havia problema pra Deus. 

Apesar de agora estar limitado a um ser humano, a ter as mesmas limitações que nós (físicas e psicológicas), era um momento inesquecível pra Deus. Agora Ele podia dar um abraço apertado em cada homem e mulher, sem pulverizá-los ! Sentir seus filhos novamente, e contar para cada um sobre o QUANTO cada um ali era amado e desejado por Deus !

Deus, de certa forma, estava "livre" do "fardo de ser o Deus Todo-Poderoso". Coloco entre aspas, pois Deus é Deus. Mas entenda que agora, Deus estava livre, através do homem Jesus, da dificuldade de aproximação originado pelo seu imenso Poder e Glória !

Muitos citam que João teve o privilégio de dormir recostado em Jesus. Mas com certeza a alegria é in-fi-ni-ta-mente maior em Jesus. Ali naquele momento, Deus estava com seus filhos dormindo junto dele. E Ele podendo sentir a respiração de cada um junto a Si !

Mas isso também nos permitiu negá-lo, rejeitá-lo, bater Nele, crucificá-Lo e matar (temporariamente) aquele homem especial, Aquele que veio cheio de expectativa.

Não que isso estivesse sendo surpresa pra Jesus. Ele sabia que, para criar um canal direto entre cada pessoa e Deus, fechando o precipício que havia entre Céus e Terra desde Adão, seria necessário tal morte e tal sofrimento.

Somente um amor tão grande, tão apaixonado, tão furioso, seria capaz de sair da Glória e Majestade do Céu, despir-se de todo Poder que havia, se tornar um ser inferior e limitado como nós, só pra nos dar um abraço, falar do seu amor por nós e pagar duramente por nosso resgate, nos dando direito de acesso direto a Deus, através de humilhação dos próprios que ele veio abraçar e amar !

Os presentes de Natal !!


Série “Fim de Ano”

“Ai ! Os presentes de Natal”

Uma das tradições mais incrustadas na nossa cultura de fim de ano é a troca de presentes entre as pessoas.
Aliás, uma das vertentes mais cansativas de todo fim de ano é o apelo da mídia, mostrando e provando a você que a sua vida vai ser mais completa com o novo espremedor de suco que também faz café e corta batatas. No final do comercial, da página da revista ou do corredor do shopping você vai ficar abismado sobre como você sobreviveu até hoje e sofreu em vão sem tal aparelho.
Obviamente todas as lojas oferecem seu próprio cartão de crédito, limitado apenas pela sua imaginação e com o primeiro pagamento para depois do carnaval (que é geralmente quando você “cai na real” e promete que o próximo natal vai ser mais simples).

Nada contra dar e receber presentes, mas a tônica irritante do mundo a partir de setembro é a expectativa das festas de fim de ano e o comércio subseqüente.

Mas deixando de lado a crítica ao consumismo das épocas do ano, voltemos aos tempos em que éramos crianças (e as contas não significavam nada). Quando passeávamos com nossos pais ou parentes nos shoppings ou nos supermercados. Pedíamos muitas coisas, várias vezes insistíamos para sair de lá com determinado brinquedo, roupa – e nas crianças atuais, um jogo de videogame também é motivo para uma manha, bateção de pernas e cara feia. Algumas dessas manhas duram só até a mamãe ficar com um dos pés descalços.

Quando o fim de ano ia chegando, sonhávamos se ganharíamos determinado presente. Uma bicicleta, o novo brinquedo igual ao do desenho animado... Cada vez que nossos pais ou parentes passavam perto do produto em questão, nossos olhos brilhavam com a esperança de que eles tivessem percebido seu desejo e ele enfim se concretizasse no dia 25 de dezembro.

E quando este dia chegava, a noite de 24 para 25 era infinita - em tempo e em ansiedade.
Os mais crescidinhos ficam no ansioso aguardo do café da manhã, com as últimas fatias do tender, um restinho de chester... tudo isso com um cafezinho novo e aquele meio panetone (que no natal vira pão-netone, de tanto que comemos), já sem várias das frutinhas cristalizadas, roubadas discretamente durante as conversas na mesa.
Mas a criançada fica no aguardo de tudo que viram e queriam ter tido no ano.
Ao verem os embrulhos, começam a adivinhar pelo formato.

O problema é quando o formato já diz tudo. Não era aquilo que desejávamos. Nossa bola já “murcha” antes mesmo de abrir. Já desanimamos, e forçamos a nós mesmos a guardar novamente nossa expectativa e nossa euforia. Engolimos de volta nosso grito de alegria que já preparávamos ao descer a escada do quarto pela manhã em direção a árvore de natal. Não vai ser aquilo que pedimos. Certeza. O embrulho já denuncia.
Aí batemos os braços junto ao corpo e choramingamos nossa injustiça. “Mas eu queria o outro...”.


Muitas vezes nos comportamos da mesma maneira. Passamos o ano desejando determinada coisa ou situação. Queremos que determinados assuntos na nossa vida sejam resolvidos ou supridos. Quando recebemos algo que preencha ou resolva essa nossa necessidade ou vontade, muitas vezes reclamamos, pois não é a solução que planejamos ou que esperávamos. Já pelo formato do pacote, pelo “jeitão” que a vida se resolveu, nós já nos antecipamos e dizemos “não vai dar certo”, “não vai servir”, “não é o que eu esperava”, “acho que vou entrar numa fria”. Nem sequer abrimos o pacote para ver o que Deus nos preparou, e já “profetizamos” o fracasso. Nem tiramos o nó da fita e estamos reclamando e procurando a “nota de troca”.

Assim como as crianças no natal, tudo na nossa vida nos é dado.É um presente. Elas não compram nada. Se os pais ou parentes não derem nada, ela vai passar o natal de mãos vazias. Nossa saúde, nossa família, nossa igreja, nosso trabalho e o fato de acordarmos toda manhã – tudo isso é presente de Deus, é Graça dele. Se Ele não nos der, não conseguimos nada. E digo mais: não por mérito nosso, mas pela bondade Dele. Isso é Graça. É receber sem merecer.

Deus nos conhece profundamente. Assim como o engenheiro da fábrica que projetou seu carro, ele sabe exatamente onde estão os pontos fortes, onde pode falhar e o quanto de trabalho deu pra conceber o design. E como está escrito, Deus é bom , fiel e justo para nos dar muito mais, muito além de tudo quanto pedimos e sonhamos.

Antes de engolir sua euforia, de murchar seu peito, de anular sua expectativa de algo bom, primeiro abra o pacote. Veja se o que você ganhou não é bem melhor, mais útil e mais durável do que aquilo que você pediu. Em se tratando de presentes de Deus, certamente será. Não engula o grito de alegria antes de aproveitar o presente.


ANTES DE RECLAMAR, ABRA O PRESENTE. NÃO ENGULA O GRITO

Outro aspecto interessante do natal é quando os pais combinam o que os filhos vão dar a eles. Um deles vai até o filho e diz “vamos sair de fininho e comprar o presente pra sua mãe (ou pai). Mas é surpresa, hein ?”.
Saímos com um dos pais, e voltamos com um presente “surpresa”. Passamos vários dias olhando para o pai ou a mãe que vai receber, agindo com aquele ar de “você não sabe, mas eu sei, e vou te surpreender” com um risinho maligno e discreto.
Mal sabe a criança que os pais combinaram tudo, incluindo as circunstâncias. O dinheiro, o transporte, a iniciativa – nada veio da criança. Nem poderia.Até a sugestão do que comprar para o outro já é combinada para que a criança acerte na escolha.

Então, no dia da entrega, na ponta dos pés um dos pais entrega o presente guardado num local altamente sigiloso (no próprio guarda-roupa dos pais).
Entregamos alegres e na expectativa de termos causado surpresa e alegria. Ficamos esperando a reação positiva deles. Nem sabemos que antes no quarto eles combinam entre si “faça uma cara de surpresa ! pelo amor de Deus!”.

E em geral recebemos afeto e “surpresa” quando entregamos o presente.
Não porque o presente foi bom. Não porque foi surpresa. Mas porque o presente foi nosso, foi dado com alegria e expectativa de agradar.
Todo esse “esquema secreto” foi armado pelos pais não para ganharem presentes ou serem rodeados por elogios. Foi para que os filhos pudessem expressar seu carinho por eles. Uma forma de demonstrar amor mútuo.

Assim como crianças que recebem da mãe (ou pai) o dinheiro, o embrulho pronto (ou a sugestão) para comprar o presente, também vivemos achando que nós  é que corremos atrás de tudo. Nós conseguimos, lutamos e chegamos lá.
Tal qual a participação ínfima da criança na compra ou entrega do presente - que acha que foi algo muito difícil e estratégico carregar as sacolas, dirigir o carrinho do supermercado ou passar pela sala “de mansinho” – assim nós achamos que suamos a camisa, que realmente nos esforçamos sobremaneira para que aquilo dê certo.

Você não ganhou presentes de Deus, não ganhou dons e talentos de Deus para achar que é “o cara”. Que é estrela. Deus deu a você dons e talentos para que você pudesse demonstrar o seu amor por Ele da sua forma, do seu jeito.
Se você é super capacitado para algo (por exemplo, no âmbito profissional ou musical) não é para que você se vanglorie, encha o peito e diga “eu sou demais”. Deus te deu isso para que você se sinta seguro, e para que você o presenteie com isso.

VOCÊ GANHOU PRESENTES FOI  PARA PRESENTEAR A DEUS

Deus te deu um bom emprego? Vigor pra trabalhar nele ? Ótimo. Faça seu melhor pra ele, pois assim você estará honrando-o. Estará presenteando a Deus, deixando-o feliz, assim como um pai fica feliz quando vê seu filho passar horas e horas em êxtase brincando com o que ganhou.
Deus te deu um dom ? Não necessariamente música. Você tem o dom de falar em público? De ensinar ? Talvez o dom de consolar? Use-o.

Presenteie a Deus com esse dom, fazendo o melhor possível com ele.Não para se promover. Mas para agradar a Deus, para expressar o seu amor por ele.Foi pra isso que Ele te deu. Não se esqueça que por melhor que você ache o presente, pra Deus não é o que importa. Pra ele o importante é o ato e a intenção sua de presenteá-lo com isso.
Será que Deus ficaria contente de ver as maiores cantoras do mundo, um Kirk Franklin ou similar, se existem anjos e mais anjos cantando dia e noite ao seu redor ?

Uma outra maneira de agradar a Deus, de presentear a Deus com seu dom é repartindo-o com seus irmãos. Presenteando os outros ao seu redor.
Isso alegra a Deus, assim como um pai humano se alegra ao ver seu filho ganhar um super presente e, apesar de ter esperado tanto por isso, o oferece e compartilha com os irmãos e primos da festa, fazendo com que eles também aproveitem toda a diversão que aquele brinquedo pode oferecer.
Isso faz os pais orgulhosos e satisfeitos, pois nesta ação está refletida toda a criação e o bom-comportamento que eles se esforçam para ensinar.
Em Efésios 4, versículos 11 a 16, temos um panorama do que Deus espera dos nossos dons. É para que, compartilhando-os com os demais irmãos, todos cresçamos, e cresçamos juntos.
Quem canta bem, pode cantar pra Deus de todo o coração. Mas se compartilha isso com os irmãos, conduzindo-os ao louvor, é algo muito maior e benéfico.


Conclusão

Devemos saber melhor como ganhar presentes. Não como ganhar mais (o que é uma tônica de muitos pregadores), mas como recebê-los adequadamente. Isso vai fazer da sua vida algo mais leve e alegre.

Revisando:

1º) Antes de “murchar sua bola”, de engolir seu grito de alegria, abra o presente de Deus. Não desanime se não for no formato que você imaginava. Você pode se surpreender.

2º) Você ganhou presentes foi pra presentear a Deus. Seus dons e bênçãos foram dados como um outro meio de você expressar seu amor por Ele.Faça o melhor.

3º) Você pode deixar Deus ainda mais feliz e satisfeito, mais orgulhoso, se você compartilhar suas bênçãos e usar seus dons em favor dos seus irmãos ao redor.
Compartilhando seus brinquedos.


Aprenda a ganhar presentes. Saiba presentear.

Bruno Escher



domingo, 23 de dezembro de 2012


Série “Fim de Ano”

“Ai ! A Festa de Amigo Secreto”



Novembro. Dezembro. Chega o fim do ano e com ele o tormento de várias pessoas. O “amigo secreto”. Eu já vi vários, participei de alguns e sempre vi coisas semelhantes.
Algumas variações acontecem . Tem o amigo chocolate (mais comum na páscoa,é verdade), amigo panetone – o inimigo secreto, quem diria ! – e o formato tradicional.

Ocorrências comuns em todo amigo secreto: tem sempre alguém que tira ele mesmo (e todos tem que sortear novamente). Você nunca tira quem desejaria (fato). Ao trocar presentes com aquela pessoa, você sempre acha que o SEU presente foi mais caro (ou torce pra que o outro não descubra o contrário).
E tem sempre as famosas gafes, a “bola-fora” tão inevitável quanto desconfortável.

Muitas empresas promovem ou incentivam o amigo secreto entre os funcionários. E fatalmente situações embaraçosas (as famosas “saias-justas”) acontecem , são fotografadas e vão para o mural ou qualquer rede social na Internet (Orkut, Twitter, etc).
Semanas e meses depois, alguém ainda vai ressuscitar a história e celebrar a vergonha que você torcia feliz pra que todos já tivessem esquecido.

De tudo isso, a situação mais chata, mais desconfortável pra quem participa é aquele sujeito que não conhece patavina do nome que sorteou. O discurso sempre começa com “Bom, o meu amigo secreto é...homem !” (pausa para os aplausos e risos) “Na verdade, eu não conheço muito bem ele, a gente acaba não se cruzando muito” – enquanto isso o sujeito amassa levemente o embrulho – “mas certamente é uma pessoa especial, um excelente profissional e espero que possamos nos conhecer melhor, enfim , meu amigo é o fulano !” – e o fulano levanta sem graça e recebe um semi-abraço e um parabéns.

O pobre e deslocado rapaz não sabia absolutamente nada de quem ele tirou. Não sabe seus gostos, o que o agrada, se é um cara mais esportivo, se é mais intelectual...se torce para tal time ou para o arqui-rival...não raro (aliás, quase sempre) ele passou o ano todo a alguns metros da mesa do sorteado e nunca passou de “Oi”, “Bom dia” ou ainda “A impressora sempre trava, né ?”. Não há nenhum vínculo, nenhuma intimidade, conversa. A chance de proximidade e vínculo sempre esteve lá.

O que acontece nesse caso (colocando o “mico” de lado) é que acabamos por escolher um presente “genérico”. Algo que acreditamos ser suficiente ou pelo menos não ofenda o sorteado. Uma carteira, uma camiseta tamanho único, um vale-presente (esse então, “super” criativo).
Como é gostoso você receber um presente especial, customizado, algo que você sabe que TEM A VER com você, que faz parte do seu mundo. Você percebe que a pessoa PENSOU EM VOCÊ com carinho, com cuidado, até encontrar algo que te tocasse, te fizesse lembrar de algum momento especial ou assunto particular. Nem precisa ser caro.

Minha pergunta hoje é : e se você tirasse Jesus ?? Se ao sortear fosse o nome Dele ?

Será que você iria passar um “carão”, um momento desajeitado ao tentar revelar quem ele é , ao tentar descrevê-lo aos outros da festa ? Vamos ver 2 pontos somente :

1º) DESCREVENDO O DESCONHECIDO
Muitos de nós passam o ano todo com Jesus ao lado, mas não aproveitam nem a proximidade nem o tempo disponível para buscar intimidade com ele. Saber o que agrada Jesus, o que ele espera de nós e o que podemos esperar dele. Não sabemos quantas coisas Jesus gosta em nós, e não conseguimos dizer mais de duas ou três coisas que gostamos nele. Bastava dar um passo.Bastava ir até a outra mesa do setor.

Quando alguém no mundo ou alguma situação da vida nos põe contra a parede e nos cobra “Ok, descreva seu amigo secreto. Quem ele é , como ele é ?” nós “amarelamos”,andamos em círculos dizendo chavões e versículos decorados, frases gastas ouvidas em alguma Escola Dominical, livro de auto-ajuda da moda ou na TV.
Gaguejamos, suamos frio e acabamos deixando o mundo que não conhece Jesus com ainda mais dúvidas.

Em compensação, Deus sabe tudo de nós. Ele nos fez e somos dele. Sabe quantos fios de cabelo temos (claro que alguns ele conta mais rápido do que outros). Ele nos conhece antes mesmo de nascer, quando ainda estávamos disformes no ventre materno.
Sabe do que gostamos, quais os nossos maiores medos e nossos mais lindos sonhos.
Sabe como somos falhos e como mudamos de humor rapidamente com a vida.


2º) O PRESENTE GENÉRICO
Assim como os desajeitados “azarados” que tiram quem não conhecem (ou ignoram) e dão presentes mais generalistas, preste atenção se você não tem feito a mesma coisa com Jesus.
O que você tem oferecido de especial a ele ? - não como troca , mas como PRESENTE mesmo, sem esperar nada. Um domingo cedo na igreja ? Uma boa-ação no fim do ano, um momento de oração semanal?

Em compensação, o mais constrangedor é que apesar desses presentes genéricos, “meia-boca”, Jesus vem e nos dá presentes especiais – sob medida, algo escolhido com muito carinho, pra suprir exatamente aquele espaçozinho vazio dentro de nossas vidas.
Recebemos de Deus coisas que somente quem conhece, quem ama , poderia ter escolhido. Tamanho, cor , tudo.

E ficamos com isso constrangidos, encabulados e sem jeito algum perante uma troca tão desigual de presentes. Damos migalhas do nosso tempo, do nosso esforço pra Jesus e ele vem com coisas que nos suprem e nos deixam maravilhados.
“O amor de Deus nos constrange” está escrito.

Além das bênçãos da vida mortal, Deus já nos deu o maior presente de todos.Enviou seu filho pra morrer por nós e  “passar a régua e fechar a conta” dos nossos pecados. Se ficamos reparando no presente dos outros, esse certamente foi o MAIS CARO. Se foi no dia 25 de Dezembro ou não, é a vinda desse amigo a Terra que comemoramos. O único Deus que se fez criatura para se aproximar delas.

Graças a esse presente, qualquer um de nós pode, reconhecendo Jesus como Senhor, ter intimidade com o Pai.


O que Jesus quer dizer a você nesse fim de ano é :
Oi. Eu sou o seu amigo secreto. Você pode não ter me visto o tempo todo, ou dado atenção pra mim, mas eu estive SEMPRE ao seu lado, e VIBREI com cada vitória sua neste ano que passou. Eu sou Jesus, seu amigo secreto, tirei seu nome lá na cruz há muito tempo, e eu espero que nesse ano possamos nos conhecer melhor e sermos grandes amigos. E não mais secretos.”.

Eu quero tirar Jesus neste fim de ano. E você ?

Bruno Escher